Serial
Killers & Psicopatas da TV
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A América
do Norte vez por outra é tomada de assalto por violentos terríveis
crimes, explorados até a exaustão pela mídia. A vida imita a
arte, e Hollywood não podia deixar de aproveitar este lucrativo
filão. Sejam inspirados em fatos reais ou não, o cinema já
foi responsável pelos psicopatas mais temíveis que talvez a
realidade jamais fosse capaz de inventar. Foi assim em 1960, que
o mestre Alfred
Hitchcock apresentou ao mundo Norman Bates, sua criação
magistral para o clássico Psicose.
O assassino de olhos esbugalhados interpretado por Anthony
Perkins fez tanto sucesso que gerou duas continuações
(inferiores) e até uma série de TV. O filme ficou célebre
também por sua cena no chuveiro, imitada e homenageada incontáveis
vezes. |
Nos
anos 70 surgiria o primeiro dos maníacos mascarados: Michael
Myers. O ator por traz da máscara se revezava a cada sequência,
mas a sede de sangue do personagem só aumentava. Halloween
(78), dirigido por John
Carpenter foi o primeiro filme a apresentar um psicopata
aficcionado por uma data específica do ano. Em 1973, o diretor Tobe
Hooper, baseado em fatos reais, apresentaria ao mundo uma
família inteira de serial-killers-canibais em O
Massacre da Serra Elétrica. Moradores de beira de estrada,
a simpática família sempre tinha um viajante como convidado
para o almoço. Outro exemplar genuíno dos seventhies, é Fantasma.
O serial killer Tall Man, é um personagem com poderes
paranormais e possuidor de esferas mortais que quando
arremessadas contra as vítimas, nunca erram o alvo. Feito com
algums milhares de dólares, o filme emplacou e teve duas
continuações. |
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Os
Serial Killers apresentam um perfil psicológico de acordo com a
década em que surgem. Foi assim com Vestida
para Matar, onde o personagem de Michael
Caine, um psiquiatra esquizofrênico adorador do
transsexualismo, vestia-se de mulher antes de atacar suas vítimas.
Dirigido por Brian
de Palma, o maior discípulo de Hitchcock, o filme marcou o
ano de 1980 ao lado de outra peróla do horror, O
Iluminado, de Stanley
Kubrick. Cheio de sequências apavorantes, o filme
apresentou ao mundo um Jack
Nicholson alucinado, no papel do escritor que enlouquece e
ameça a própria família. Este papel rendeu a Nicholson um
carteirinha para interpretar só tipos "fora-do-comum".
Foi assim com o Coringa em Batman
(89) e o próprio Diabo em As
Bruxas de Eastwick (87). |
Em
1981, Jason Vorghees e sua sanha assassina por adolescentes
espinhudos invadiria às telas. A sequência Sexta-Feira
13 - Parte II (isso mesmo! No filme original quem
assassinava era a mãe do maníaco) veio para apresentar ao
mundo o serial killer movido à dinheiro: morto ao final de cada
filme, sempre retornava numa próxima para esquentar outra vez
as bilheterias. Ao contrário do seu rival, que não era muito fã
das palavras, Freddy Krueger de A
Hora do Pesadelo (84), adorava chacinar suas vítimas com
muita ladainha. A criação de Wes
Craven só se manifestava nos pesadelos dos adolescentes,
mas podia ser bastante fatal. |
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Em
qualquer apanhado sobre serial killers existe um que é
hours-concours: Dr. Hannibal "The Cannibal" Lecter. O
brilhante e astuto vilão de O
Silêncio dos Inocentes (89), impressiona qualquer um que
assista ao filme. Não foi á toa que o inglês Anthony
Hopkins (assim como o filme) levou o Oscar por este papel.
Lecter com seu ar de moço bem educado e sua pseudo-aparência
frágil, é a única ajuda que a policial do FBI interpretada
por Jodie Foster
pode contar para capturar outro assassino. Azar da moça, sorte
do espectador, que tem a chance de assistir a um dos melhores
thrillers do cinema. |
Em
84, Natal
Sangrento apresentou um serial killer que se vestia de Papai
Noel. Fez sucesso e gerou duas outras continuações. Na esteira
de assassinos com datas marcadas no calendário, Dia
dos Namorados Macabro exagera: quase uma cidade inteira é
assassinada. Mas foi em 86 que o surgiu o mais real
representante da classe assassina: Henry.
O personagem título interpretado por Michael Hooker, sabe que
para não ser encontrado, basta não ter um padrão e matar de
formas diferentes. No final dos anos 80, Craven vendo Freddy
fugir ao seu controle financeiro, tenta criar outro serial
killer. Surge então Horace Pinker, em Shocker
- 100 000 Voltz de Terror. Horace, um instalador de TV e
assassino nas horas vagas, tem o poder de entrar nas linhas
telefônicas e na rede elétrica. |
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Contando
com apoio de novas tecnologias, computadores e uma midia ávida
por audiência, os serial killers anos 90 são mais cerebrados e
astuciosos que seus antecessores cinematográficos. Quem melhor
soube aproveitar estes trunfos foi o assassino de Copycat
- A Vida Imita a Morte (95), um maníaco que mata copiando
crimes celébres do passado e usa a internet para aterrorizar
seu principal alvo, a psicóloga interpretada por Sigourney
Weaver. Já em Pânico
(96), o assassino liga antes para as vítimas, realizando uma
espécie de quiz show telefônico sobre filmes de horror onde o
resultado é a vida ou a morte. Cheio de citações a outras
obras do gênero, o filme que custou pouco mais de 10 milhões
de dólares, arrecadou 100 milhões e teve uma continuação de
igual sucesso em 97, arrecadando outras 100 milhões de
verdinhas. |
Quem
pensa que Oliver
Stone só fez filmes sobre o Vietnã, está redondamente
enganado. Em 94, Stone dirigiu um dos melhores exemplares sobre
psicopatas: Assassinos
por Natureza. Os amalucados Mickey e Mallory (interpretados
por Woody
Harrelson e Juliette
Lewis respectivamente) realizam cerca de 50 mortes ao longo
do filme que mistura película, super-8, betacam e até desenho
animado, para tentar explicar como funciona a cabeça de um
serial killer. Mas, sem sombra de dúvida, a obra número UM em
se tratando de maníacos é Seven.
Os policiais Morgan
Freeman e Brad
Pitt bem que se esforçam, mas o show é todo do serial
killer que executa as vítimas de acordo com os pecados
capitais. É o cinema cúmplice do horror para meter medo no
espectador. |
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Chris
& Lui
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