The Crow

"Pessoas acreditavam que quando alguém morria um corvo carregava a alma para a terra dos  mortos. E às vezes, só as vezes o corvo pode trazer a alma de volta para consertar as coisas, o direito de coisas."

 

Livros

O mestre do Suspense e doTerror

STEPHEN KING

 

Há artíficies cujos nomes aparecem tão estreitamente ligados aos gêneros para os quais contribuíram que fica praticamente impossível dissociá-los. O exemplo mais notável talvez seja o de Alfred Hitchcock e os filmes de suspense. Ou Philip Glass e a música minimalista, e ainda Walt Disney e os desenhos animados. Como numa equação matemática, esses artistas conjugam-se à perfeição com suas obras. É o caso, também de Edwin Stephen King e a moderna literatura de HORROR.

Considerado o mestre contemporâneo do gênero, King é, para desespero e despeito dos críticos, o maior vendedor de livros de terror da história. Graças ao poder multiplicador da mídia, seu nome hoje supera os de Edgar Allan Poe e Howard Phillips Lovecraft na mente do público consumidor de pesadelos.

Ao contrário do que se poderia imaginar, adaptar um livro de King para o celulóide não é uma tarefa das mais fáceis. O próprio autor não gosta das adaptações de suas obras, embora admita algumas exceções. Há adaptações no entanto, cujos temas King não considera pertencentes ao domínio do horror, embora sejam catalogados como tal pela crítica. São livros que deixam os vampiros, monstros e aberrações noturnas presos no porão. É o caso de Carrie, A Estranha e A Hora da Zona Morta. É também o caso de Chamas da Vingança e Um Sonho de Liberdade.

Fracassos e sucessos à parte, as histórias de King continuam a atrair produtores e realizadores. Como o escritor gosta de lembrar, há sempre mais histórias a serem contadas. Além disso, Hollywood não vive só de sonhos: continuamente, precisa realimentar sua usina de pesadelos. E, por acaso, pesadelos são a especialidade de Stephen King.

Conheça as adaptações para às telas:

  • CARRIE, A ESTRANHA (Carrie, EUA 1976).
    Direção de Brian De Palma. Com Sissy Spacek, Pipper Laurie, Nancy Allen, Amy Irving, John Travolta.
    Baseado na primeira novela de Stephen King, o filme tem momentos antológicos. De Palma injetou beleza no horror e, sob sua batuta, Spacek brinda o espectador com um de suas melhores performances no papel da adolescente com poderes telecinéticos. Oprimida pela mãe, menosprezada pelos amigos, ela aguarda o doce momento da vingança.
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  • OS VAMPIROS DE SALEM (Salem's Lot, EUA 1979).
    Direção de Tobe Hooper. Com David Soul, James Mason, Lance Kerwin.
    O roteiro foi extraído de um das melhores obras de King. Um escritor isola-se numa pequena cidade do Maine para escrever um livro de terror. Quando um misterioso personagem aluga uma moradia na mesma cidade, estranhas mortes começam a ocorrer. Exibido na TV americana em capítulos, foi posteriormente lançado em vídeo. A figura do vampiro foi calcada na criação de Frederich Murnau para o seu Nosferatu.
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  • O ILUMINADO (The Shinning, EUA 1980).
    Direção de Stanley Kubrick. Com Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Llyod, Scatman Crothers.
    Kubrick percorre os desvãos da mente humana, neste que é mais do que um simples filme de horror. Num hotel completamente isolado da civilização, um professor é atormentado por fantasmas. Realidade ou imaginação? O diretor não está muito preocupado em fornecer respostas, mas prova com momentos de brilhantismo que pode haver beleza no horror mais abjeto.
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  • CREEPSHOW (Creepshow, EUA 1982).
    Direção de George Romero. Com E. G. Marshall, Hal Hollbrook, Adrienne Barbeau, Leslie Nielsen.
    Homenagem prestada a E. G. Comics dos anos 50. São cinco vinhetas de horror e imaginação. O próprio King participa de um dos sketches, no papel de um agricultor transformado num monstro vegetal, por obra da queda de um meteoro. Primeiro roteiro escrito pelo autor a partir de histórias originais e sua primeira parceria com Romero.
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  • A HORA DA ZONA MORTA (Dead Zone, EUA 1983).
    Direção de David Cronenberg. Com Christopher Walken, Brooke Addams, Martin Sheen.
    Uma das melhores adaptações de King, narra a tragédia de um homem que após sofrer um acidente automobilístico e permanecer em coma durante anos, adquire estranhos poderes premonitórios. Cronenberg foi fiel ao espírito do livro, procurando retratar o herói como um ser tornado marginal pelos poderes adquiridos. É também uma chance rara de ver Walken no papel de mocinho.
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  • CUJO (Cujo, EUA 1983).
    Direção de Lewis Teague. Com Dee Wallace, Daniel Hugh-Kelly, Christopher Stone, Danny Pintauro.
    Um cão é mordido por um morcego e adquire raiva. É o ponto de partida para o horror se instalar. Os momentos mais eletrizantes ocorrem quando uma mulher e seu filho são encurralados pelo bicho no interior de um automóvel enguiçado. No livro King flerta com o sobrenatural, mas aqui o diretor Teague preferiu se concentrar no terror real na figura do cachorro.
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  • CHRISTINE, O CARRO ASSASSINO (Christine, EUA 1983).
    Direção de John Carpenter. Com Keith Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul.
    Christine, um velho Plymouth Fury 1958, é restaurado por seu novo dono, que não desconfia ter comprado um carro mal-assombrado. Aos poucos, todos que detestam o carro começam a aparecer mortos. John Carpenter não se empenhou muito nesta adaptação, transformando algumas boas idéias de King em momentos risíveis.
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  • COLHEITA MALDITA (Children of The Corn, EUA 1984).
    Direção de Fritz Kiersch. Com Peter Horton, Linda Hamilton.
    Talvez a pior das adaptações de um livro do mestre do horror. O filme baseia-se num conto sobre uma seita de jovens que praticam sacrifícos em nome de uma entidade demoníaca. Contra-indicado até para os mais fanáticos admiradores do gênero.
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  • CHAMAS DA VINGANÇA (Firestarter, EUA 1984).
    Direção de Mark Lester. Com David Keith, Drew Barrymore, George C. Scott, Louise Fletcher.
    Uma garota de oito anos dotada de poderes pirocinéticos é usada pelo governo para experimentos pouco recomendáveis. A história lembra um pouco Carrie, mas Lester não chega aos pés do diretor De Palma, transformando o filme num desastre. A idéia original ficou reduzida a brigas entre mocinhos e bandidos e, à moda de filmes catástrofes, recheadas efeitos especiais, que, pelo menos, são de qualidade.
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  • O OLHO DO GATO (Cat's Eye, EUA 1985).
    Direção de Lewis Teague. Com Drew Barrymore, James Woods, Alan King.
    Sinopse: Três episódios ligados por um gato, que atravessa as histórias. Os sketches se baseiam no sobrenatural, procurando retratar a súbita ocorrência do insólito dentro do cotidiano, um tema constante nos romances de KIng.
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  • A HORA DO LOBISOMEM (Silver Bullet, EUA 1985).
    Direção de Daniel Attias. Com Gary Busey, Corey Haim, Megan Follows.
    Baseado numa curta novela do autor, a novidade aqui é que o lobisomem tenha consciência de ser um assassino e procura eliminar a única testemunha de seus crimes. O filme não enriquece em nada o mito dos licantropos, mas não deixa de ser um passatempo interessante para uma tarde chuvosa.
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  • COMBOIO DO TERROR (Maximum Overdrive, EUA 1986).
    Direção de Stephen King. Com Emilio Estevez, Pat Hingle, Laura Harrington.
    Este filme marca a estréia de King na direção. O ponto de partida é o conto "Trucks", mas falta a King o gás para conduzir um filme tão bem quanto o livro. Aqui, a passagem de um cometa provoca uma rebelião de todas as máuinas contra os homens. Para não fugir à regra, King faz uma aparição relâmpago a la Hitchcock.
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  • CONTA COMIGO (Stand By Me, EUA 1986).
    Direção de Rob Reiner. Com Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Richard Dreyfuss.
    Nem parece baseado em King, mas foi extraído do conto "The Body". O filme segue os passos de quatro adolescentes que vão em busca de um cadáver desaparecido. Nesta aventura, descobre o valor da amizade e da solidariedade. Uma obra sensível, terna e intimista, embalada por uma bela trilha sonora.
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  • SHOW DE HORRORES (Creepshow 2, EUA 1987).
    Direção de Michael Gornick. Com Lois Chiles, George Kennedy, Dorothy Lamour.
    King e Romero juntam-se novamente para homenagear a E. G. Comics. Desta vez, Romero escreveu o roteiro a partir de três histórias curtas de KIng. A exemplo do primeiro filme, utiliza a estética das histórias em quadrinhos para dividir as cenas e os sketches. King novamente faz uma ponta, como um motorista de caminhão no terceiro episódio.
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  • RUNNING MAN - O SOBREVIVENTE (Running Man, EUA 1987).
    Direção de Paul Michael Glaser. Com Arnold Schwarzenegger, Maria Conchita Alonso, Yaphet Kotto.
    Baseado num dos contos de King quando escrevia sob o pseudônimo de Richard Bachman. Em 2019, um programa de TV faz sucesso mostrando caçadas humanas. Os competidores são presidiários que precisam escapar de adversários assassinos que parecem figuras de telecatch. Um espécie de Rollerball em ritmo de Programa Silvio Santos.
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  • O CEMITÉRIO MALDITO (Pet Sematary, EUA 1989).
    Direção de Mary Lambert. Com Dale Midkiff, Fred Gwynne, Denise Crosby, Blaze Berdahl.
    Outra boa adaptação de King com direito a muitos sustos. Família se muda para cidade do interior dos EUA que possui um antigo cemitério indígena capaz de ressuscitar quem nele é enterrado. O roteiro é do próprio KIng (que faz uma rápida aparição como um padre) tem clima assustador, não exatamente pelas sequências de violência explícita, mas por envolver ciranças de pouca idade.
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  • LOUCA OBSESSÃO (Misery, EUA 1990).
    Direção de Rob Reiner. Com James Caan, Kathy Bates, Richard Farnsworth, Lauren Bacall. 
    Escritor de best-sellers sofre acidente de carro e é socorrido por ex-enfermeira psicótica que se considera sua fã número 1. Uma pérola de humor negro, repleta de sustos e ironias sobre a profissão de escritor. Baseado no conto "Angústia", a atriz Bates foi indicada ao Oscar pela sua fantástica atuação no papel da psicopata.
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  • A CRIATURA DO CEMITÉRIO (The Graveyard Shift, EUA 1990).
    Direção de Ralph Singleton. Com David Andrews, Kelly Wolf, Stephen Macht, Brad Dourif.
    Operários de uma velha fábrica são assassinados sem que o gerente tome qualquer providência para apurar os motivos. Outro dos fiascos que infelizmente leva a marca Stephen King. O diretor não soube criar um bom clima, nem os efeitos especiais ajudam.
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  • IT - A COISA (It, EUA 1990).
    Direção de Tommy Lee Wallace. Com Richard Thomas, Annette O'Toole, Tim Curry, John Ritter.
    Mini-série criada para a TV lançada posteriormente em video. Grupo de amigos reune-se após 30 anos em sua cidade natal para enfrentar um misterioso palhaço assassino. O filme tem um clima assustador e tenso sem apelar para a sanguinolência. Não fosse o seu final frustante, seria perfeito.
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  • ÁS VEZES ELES VOLTAM (Sometimes They Come Back, EUA, 1991).
    Direção de Tom McLoughlin. Com Tim Matheson, Brooke Addams, Robert Rusler, William Sanderson.
    Primeira incursão de King no terreno dos mortos-vivos, um filme modesto e interessante, feito para a TV americana. Professor volta à cidade natal após 27 anos e enfrenta novamente fantasmas do passado referentes ao assassinato de seu irmão menor.
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  • SONÂMBULOS (Sleepwalkers, EUA 1992).
    Direção de Mick Garris. Com Alice Krige, Brian Krause, Madchen Amich, Cindy Pickett.
    Primeiro filme com roteiro escrito diretamente para o cinema pelo autor King. Mãe e filho de uma estranha raça precisam alimentar-se do sangue de virgens. Traz várias pontas de diretores famosos como Clive Barker, Tobe Hooper, John Landis, Joe Dante e do próprio King (como o guarda do cemitério).
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  • O PASSAGEIRO DO FUTURO (The Lawnmower Man, EUA 1992).
    Direção de Brett Leonard. Com Pierce Brosnan, Jeff Fahey, Jenny Wright, Mark Bringleson.
    Inspirado em pequeno conto de King (que renegou o filme), uma espécie de Tron + Scanners. Um cientista que faz experiências com realidade virtual, usa como cobaia um jardineiro com problemas mentais. Este desenvolve poderes que irão causar complicações. Ótimos efeitos especiais computadorizados.
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  • A METADE NEGRA (The Dark Half, EUA 1993).
    Direção de George Romero. Com Timothy Hutton, Michael Rooker, Amy Madigan, Julie Harris.
    Romero volta a adaptar um conto do mestre, mas com um resultado um tanto morno. Escritor que não faz sucesso, cria um pseudônimo e passa a escrever best-sellers. No entanto, seu outro-eu toma forma e vem ajustar contas com o criador. Preste atenção na sequência dos pardais, homenageando Os Pássaros de Hitchcock.
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  • TOMMYKNOCKERS (The Tommyknockers, EUA 1993).
    Direção de John Power. Com Jimmy Smiths, Marc Helgenberger, Traci Lords.
    Mini-série feita especialmente para a TV americana, editada em video no Brasil. A queda de um meteorito faz com que os habitantes de uma cidade passem a ter estranhos comportamentos. Passável como horror, não traz nenhuma novidade ao gênero. Vale pela presença da ex-estrela pornô, Traci Lords.
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  • THE STAND (The Stand, EUA 1993).
    Direção de Mick Garris. Com Gary Sinise, Molly Ringwald, Rob Lowe, Jamey Sheridan.
    Produzido para a TV e posteriormente editado em video. O mote do filme é a velha história do bem contra o mal. Depois que um perigoso virus se espalha pelo planeta, poucos são os sobreviventes. Uma misteriosa criatura surge do nada para criar o caos. A fita tem bons momentos e apesar da duração (quase seis horas), mantém o pique até o final.
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  • UM SONHO DE LIBERDADE (The Shawshank Redemption, EUA 1984).
    Direção de Frank Darabont. Com Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton, William Sadler.
    Este aqui nem parece vindo de um livro de King. O filme narra o cotidiano de homens no interior da prisão e sua luta diária para manterem-se vivos aos maus tratos do cruel diretor. Chegou a ser indicado ao Oscar de melhor filme. Uma obra poética, cheia de lirismo que merece ser vista e revista.
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  • ECLIPSE TOTAL (Dolores Claibourne, EUA 1994).
    Direção de Taylor Hackford. Com Kathy Bates, Jennifer Jason Leigh, Christopher Plummer.
    Outra boa adaptação de King. Jovem repórter volta a sua cidade natal no Maine para ajudar na defesa da mãe, suspeita de assassinato. O retorno é marcado por desavenças familiares e más recordações. O elenco é perfeito e o clima de suspense é mantido do início ao fim.
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  • THE MANGLER (The Mangler, EUA 1995).
    Direção de Tobe Hooper. Com Robert Englund, Ted Levine, Vanessa Pike, Daniel Matmore.
    Baseado num pequeno conto do mestre do horror, o título se refere a uma pequena máquina de lavar, barulhenta e perigosa, que vai mutilando e matando os funcionários da fábrica que ousam tocá-la. O enredo leva crer tratar-se de uma comédia, mas é mesmo um suspense, e muito do chinfrin. Nem a presença de Robert "Freddy Krueger" Englund salva o filme.
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  • A MALDIÇÃO (Thinner, EUA 1996).
    Direção de Tom Holland. Com Robert John Burke, Joe Mantegna, Kari Wuhrer.
    Ao atropelar e matar uma jovem cigana, um inescrupuloso advogado é amadiçado pelo líder cigano. O homem que antes era gordo, começa a perder peso gradativamente. Adaptação de um conto do período em que King assinava Richard Bachman, o filme mistura humor negro e terror nas doses certas, garantindo risos nervosos a todo instante.

 

  • O Vôo Noturno (1999 EUA)

       À procura de algo encantava as pessoas e também as impinotizavam para conseguir o          que queria, em cada aeroporto que pousava de suas escalas tenebrosas. Adivinhem quem é...

 

  • A Tempestade do Século (1999 EUA)

       Em uma pacata cidade um homem é encontrado e preso, onde....possui uma missão que nem o relógio controla...

 

  • Obs.: Sabemos também que Chris Carter o autor de Arquivo X e Millennium escreveu um dos episódios de X Files baseado em King, com nome de XINGA!!!! Por sua vez, muito bom!


Chris & Lui

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